
Marcelo Rebelo de Sousa
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O comentador não percebe porque o Governo se «aferra» a determinados cenários e medidas quando estes estão em constante mudança por causa da crise.
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Marcelo Rebelo de Sousa criticou, este domingo, as «correções permanentes» por parte do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a propósito das alterações ao Orçamento de Estado.
No seu comentário semanal da TVI, este ex-presidente do PSD questionou-se sobre a razão de o Governo se «aferrar» a determinados cenários e medidas quando estes estão em constante mudança por causa da crise.
«Semana sim, semana não, segundas, quartas e sextas [saem números] contraditórios com aquilo que se tinha dito e depois passa-se a vida a explicar que não era bem assim, porque 'parecem maus, mas são bons'», explicou.
O comentador sugeriu que o Executivo fale numa «margem de incerteza, interna e internacional, que explica que se está a funcionar dentro de certos limites e que essa incerteza torna impossível ser-se muito certo e peremtório».
«Se o ministro das Finanças fizesse um discurso menos assertivo as pessoas compreenderiam melhor do que fazer um discurso assertivo e depois ter de haver correções permanentes», concluiu.