O défice do Estado caiu dois mil milhões nos primeiros oito meses em relação ao mesmo período de 2010. Contudo, o ritmo de diminiução do saldo negativo das contas públicas abrandou.
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Na síntese de execução orçamental, a Direcção-Geral do Orçamento explica que foram as transferências para a Caixa Geral de Aposentações que levaram a uma desaceleração da despesa efectiva do Estado, que caiu 2,9 por cento. No mês anterior, a queda tinha sido de 4,8 por cento. Os gastos com pessoal recuaram 10 por cento.
Do outro lado da balança, a receita efectiva do Estado aumentou 4,8 por cento, mais 0,4 pontos percentuais do que no mês anterior. A Direcção-Geral do Orçamento explica que foi a evolução da cobrança de IRC que trouxe mais euros para os cofres do Estado.
O imposto sobre o rendimento das empresas cresceu 9,5 por cento para perto de 3200 milhões. No IRS, há um aumento de 2,1 por cento. Neste ano, o Estado já captou quase cinco mil milhões de euros deste imposto.
Já a receita de IVA engordou 10,5 por cento para quase nove mil milhões.
Contas feitas, o défice do Estado nos primeiros oito meses do ano está nos 7200 milhões de euros, uma melhoria de pouco mais de dois mil milhões em relação ao período homólogo.
Nas contas de Julho, essa diferença era de mais de 2200 milhões. De um mês para o outro, o saldo agravou-se em cerca de 500 milhões.
Se ao subsector Estado juntarmos os serviços e fundos autónomos, obtendo as contas da administração central, e a este resultado somarmos os números da Segurança Social obtemos o grosso dos gastos públicos, que nesta altura têm um défice de pouco menos de 5300 milhões de euros.