O presidente da Comissão Europeia afirmou ontem que o combate ao desemprego tem que ser feito a nível nacional, cabendo a Bruxelas mobilizar fundos para apoiar os programas dos 27.
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José Manuel Durão Barroso, que falava aos jornalistas em Bruxelas, no final da primeira sessão de trabalhos da cimeira de líderes europeus dedicada às políticas económicas e ao desemprego, disse que as decisões «vão no sentido de um maior equilíbrio, ou seja, reconhecer a necessidade da correção dos desequilíbrios das finanças públicas, de aprofundar as reformas estruturais, mas, ao mesmo tempo, fazer mais na área social e com algumas medidas ativas para o emprego».
O presidente do executivo comunitário argumentou que «muitas» dessas medidas «têm que ser feitas a nível nacional», não podendo ser feitas a partir de Bruxelas.
«O que podemos fazer a partir de Bruxelas é mobilizar os fundos de que dispomos para apoiar esses programas nacionais para o emprego, nomeadamente para o emprego juvenil», sustentou.
No que respeita a Portugal, Durão Barroso disse que já foi feito um «redirecionamento dos fundos estruturais para emprego juvenil», reconheceu que o programa Impulso Jovem sofreu um atraso no arranque, mas salientou que os jovens portugueses «já começaram a encontrar algum emprego ou, pelo menos, estágios de maior duração em empresas».
O presidente da Comissão Europeia salientou ainda que a Garantia Jovem já foi aprovada, «mas necessita agora de financiamento, razão pela qual é importante que o orçamento europeu seja aprovado».
A Garantia Jovem é uma iniciativa apresentada pela Comissão Europeia, que visa garantir que os jovens até aos 25 anos que estão desempregados há quatro meses tenham acesso a um trabalho, a um estágio ou a um programa de formação.