A chanceler alemã considerou, este domingo, numa entrevista à ZDF, que os países da Zona Euro têm que estreitar a cooperação e cada um tem que fazer o seu trabalho de casa.
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Angela Merkel encara a actual situação com serenidade, apesar das turbulências nos mercados e da crise da dívida soberana e apesar de os alemães estarem cada vez mais pessimistas em relação à crise na Europa. Um inquérito revelou que 75 por cento dos alemães não têm confiança na política.
Merkel reage à situação com serenidade, apostando na força do eixo Paris-Berlim. «É preciso atacar o mal pela raiz, ou seja, é preciso saber porque razão damos aos mercados motivos para especularem contra nós. Ora isso deve-se ao facto de vários países estarem demasiado endividados e de não se confiar que eles sejam capazes de reduzir o montante das suas dívidas», comentou.
É por isso, defendeu, que «a Europa tem de se tornar mais competitiva e os países da Zona Euro têm de estreitar a cooperação».
«Temos ainda de tomar medidas para que todos os países da zona façam os seus trabalhos de casa», acrescentou.
A chanceler manifesta-se absolutamente confiante na evolução da situação económica e não vê qualquer sinal que aponte para uma recessão na Alemanha.
«A evolução da situação económica ao longo do ano é melhor do que os prognósticos. Não vejo o crescimento em perigo. Penso por isso que temos hipóteses de prosseguir no caminho do crescimento e não vejo sinais que apontem para uma recessão», disse.
Merkel voltou a falar nos eurobonds, afirmando que neste momento os títulos da dívida conjunta europeia seriam mais prejudiciais do que benéficos e poderiam tornar a UE numa união de dívidas e não numa união de estabilidade.