Miguel Beleza considera «incontornável» acordo entre democratas e republicanos
Apesar do impasse no congresso norte-americano em relação a um acordo sobre o tecto da dívida pública, o economista Miguel Beleza acredita que republicanos e democratas sabem que não têm alternativa.
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Se democratas e republicanos não alcançarem um compromisso sobre a elevação do tecto da dívida até 2 de Agosto, os EUA entrarão em incumprimento e o Governo terá de fazer escolhas drásticas entre o pagamento da dívida e as despesas correntes como salários ou pensões e ajuda aos mais pobres.
Na TSF, o economista e antigo ministro das finanças de Cavaco Silva defendeu que as duas partes, republicanos e democratas sabem que não resta alternativa, considerando por isso pouco provável um cenário de incumprimento.
Até porque, acrescentou Miguel Beleza, as consequências seriam muito negativas para os EUA e para a Europa, apesar da possível ajuda do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal.
Recorde-se que a dívida bruta federal, de cerca de 14,3 biliões [milhão de milhões] de dólares (9,9 biliões de euros), atingiu em meados de Maio o limite máximo autorizado pelo congresso e o défice orçamental deve atingir os 1,6 biliões de dólares (1,108 biliões de euros) este ano.