
O Governo não vai aceitar nenhuma proposta de OE que agrave o défice, sublinhando que a abertura para alterações têm limites. António José Seguro acredita que o Executivo ainda pode recuar.
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No discurso final da sessão de encerramento do debate e votação do Orçamento do Estado na generalidade, Miguel Relvas diz que o Governo não vai aceitar nenhuma proposta que agrave o défice, destacando que a abertura do Executivo para essas propostas alternativas tem um limite.
Quanto a António José Seguro ele insiste que não há um caminho único, mas sim alternativas, adiantando que não desiste de lutar para corrigir injustiças.
O PS vai insistir, mas do Governo já ouviu a resposta: «Esta nossa abertura para acolher alterações não é ilimitada nem incondicional. De facto não estamos abertos a pôr em causa nenhum dos pilares fundamentais da construção orçamental».
O responsável acrescentou ainda que não aceitará pôr em causa «a meta de 4,5 por cento para o défice» nem «o equilíbrio na repartição do esforço de consolidação entre receitas e despesas».
«Por esta razão, as propostas que venham a ser apresentadas, para serem verdadeiramente responsáveis, devem ser devidamente quantificadas de modo a assegurar a necessária neutralidade orçamental», acrescentou.
Por isso o ministro diz que todas as propostas terão de ser bem contabilizadas.
Apesar de Miguel Relvas ter dito que a capacidade de negociação do Governo «não é ilimitada nem incondicional», António José Seguro acredita, mesmo assim, que há margem para dialogar com o Governo.
Após a votação final global, que contou com a abstenção do PS, houve treze declarações de voto de deputados do partido socialista, Seguro desvalorizou e não quis comentar, afirmando que há assuntos mais importantes para resolver no país.