Ministro avisa: "Em 2026 não há mais folga, tem de estar tudo cumprido no PRR"
O ministro da Economia já tinha anunciado que esta é uma semana "particularmente importante" para os fundos europeus
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O ministro da Economia afirmou esta quinta-feira, no Parlamento, que, no que diz respeito ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), não vai existir "mais folga" no próximo ano e que tudo tem de ficar executado até dezembro.
"Em 2026 não há mais folga [...], tem de estar tudo cumprido", avisou o ministro da Economia e da Coesão Territorial, Castro Almeida.
O governante, que falava numa audição conjunta com as comissões de Agricultura e Orçamento e Finanças, já tinha anunciado que esta é uma semana "particularmente importante" para os fundos europeus.
Esta sexta-feira, o Governo vai apresentar o que o ministro classificou como uma reapreciação do PRR, uma "última oportunidade de serem feitos ajustamentos".
Neste âmbito, vão ser ajustadas dotações e valores de investimento, em função da capacidade de execução.
As reformas ficam inalteradas, mas nos investimentos vão verificar-se alterações, precisou Castro Almeida.
O ministro disse ainda que vão ser antecipadas 10 metas do nono pedido de pagamento para o oitavo, sem dar mais informações.
"Quando o investimento era impossível de executar no prazo, fizemos cair. Quando foi necessário, alterámos a meta para diminuir a ambição", recordou.
A Lusa contactou o Ministério da Economia para ter mais detalhes sobre as novas alterações ao PRR e aguarda uma resposta.
O PRR, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.
Além de ter o objetivo de reparar os danos provocados pela Covid-19, este plano tem o propósito de apoiar investimentos e gerar emprego.
No início desta semana, o Governo também apresentou uma proposta de reprogramação do Portugal 2030.
