O ministro da Economia mostrou-se, esta segunda-feira, disponível para ouvir propostas dos patrões e dos sindicatos sobre o Fundo de Compensação do Trabalho.
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«O fundo, tal como estava estabelecido, não era exequível», começou por comentar Álvaro Santos Pereira, acrescentando que o actual governo baseou-se nos «melhores modelos de outros países».
«É muito importante perceber que o Governo não é dogmático, sabe ouvir», sendo que se patrões e sindicatos tiverem uma proposta melhor, o Executivo está disponível para negociar, assegurou.
Também à saída da reunião da concertação social desta segunda-feira, onde foi chumbado o projecto governamental para o Fundo de Compensação do Trabalho e decidida a criação de três grupos de trabalho, António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP), disse que a proposta do Executivo é «inaceitável».
Do lado da CGTP, Carvalho da Silva reafirmou que está em causa um «processo de regressão do nosso nível de desenvolvimento e das condições de vida e de trabalho», sendo esse fundo «extraordinariamente perigoso».
João Proença, líder da UGT, afirmou que não é contra o facto de o fundo pertencer aos trabalhadores, mas sim de ser de valor reduzido e de não garantir que empresas em dificuldades assegurem o seu pagamento.
Entretanto, o presidente da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, alertou que se a baixa da Taxa Social Única «for compensada com o aumento significativo do IVA, isso significa matar o doente com o cura». Se o caminho for esse, «preferimos que não se toque na TSU», acrescentou.