Em entrevista à TSF, e no dia em que os transportes ficam mais caros, o ministro da Economia garantiu que também vai cortar nas empresas, reduzir dirigentes e rescindir contratos.
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O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, disse, esta manhã, à TSF que compreende a insatisfação dos utentes com o aumento dos preços das tarifas, em alguns casos superiores aumentos que a 20 por cento, mas lembrou que sempre foi um utilizador dos transportes e garantiu que não vão ser apenas os utentes a contribuir para a viabilidade das empresas de transportes públicos.
«Estamos muito empenhados em que o exemplo seja feito de cima. [Por isso], vamos estudar uma redução substancial do número de dirigentes de muitas entidades, estamos também a estudar revisões salariais dos cargos dirigentes e, obviamente, um plano de reetruturação e de diminuição dos custos operacionais engloba uma eventual redução do número de colaboradores que passará por rescisões de mútuo acordo», referiu.
Questinado sobre mais alterações nos preços dos transportes públicos até ao final deste ano, Álvaro Santos Pereira falou apenas na reestruturação do tarifário.
«Só na zona de Lisboa existem mais de 500 títulos diferentes, o que se torna não só altamente complicado como eficiente. Portanto, a reestruturação do sector vai ser feita nos próximos meses mas vamos tentar que implica, principalmente, uma racionalização do sector, a redução dos custos de operação e uma simplicação da estrutura de tarifário», explicou.
«Vamos evitar ao máximo que os aumentos [do preço dos bilhetes] sejam feitos. [Mas] em Janeiro, como sempre, haverá uma nova actualização das tarifas, mas ao aumentarmos agora a nível médio 15 por cento, estamos a tentar fazer com que esses aumentos sejam menores», prometeu o ministro.