Na Polónia, reunião está a ser marcada pelo adiamento de uma solução para a ajuda à Grécia e pelas notícias sobre as contas da Madeira que ensombraram os elogios iniciais a Portugal.
Corpo do artigo
Reunidos num encontro que muitos consideravam o momento oportuno para colocar um ponto final na "novela" em torno do desbloqueamento de nova tranche de assistência a Atenas que tanto tem enervado os mercados, os ministros da Zona Euro remeteram para Outubro uma decisão sobre o pagamento da próxima parcela de ajuda, prolongando o suspense grego.
Quanto a Portugal, a reunião começou de feição na sexta-feira de manhã, com os elogios do Eurogrupo (países da Zona Euro) à forma como tem sido implementado o programa de ajustamento português, mas as notícias chegadas durante a tarde sobre a existência de omissões nas contas da Madeira causaram assumida surpresa, pela negativa, entre os responsáveis políticos presentes em Wroclaw.
Enquanto o ministro português, Vítor Gaspar, se remeteu ao silêncio, o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, reconheceu ter sido surpreendido com as notícias sobre a Madeira, manifestando a intenção de se ir informar sobre o assunto, e, mais tarde, o comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, lamentou em conferência de imprensa aquilo que classificou como «uma surpresa que não é, de todo, bem-vinda».
A reunião de hoje, com início às 7h30 de Lisboa (8h30 locais), será curta, tendo como únicos dois pontos da agenda uma avaliação da estabilidade financeira na UE e uma análise das iniciativas legislativas em matéria da reforma do sector financeiro.
O conselho informal terminará ainda antes do almoço, numa altura em que tem início nas ruas de Wroclaw uma manifestação convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES), que juntará milhares de sindicalistas de toda a Europa, incluindo Portugal - João Proença encabeça uma delegação de sindicatos filiados na UGT -, para protestar contra as políticas de austeridade da UE.