Nuno Magalhães diz que intervenção de Telmo Correia foi a declaração de voto do CDS
O líder parlamentar do CDS-PP afirmou que a intervenção de Telmo Correia funcionou como uma declaração de voto dos democratas-cristãos sobre o Orçamento e adiantou que participará aos órgãos do partido do deputado que votou contra.
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«Aquilo que o senhor deputado Telmo Correia disse, na minha opinião, de uma forma bastante boa, foi aquilo que foi a linha de discurso e raciocínio do partido e, nesse contexto, é evidentemente a declaração de voto que o CDS enquanto partido e grupo parlamentar gostaria de fazer», afirmou Nuno Magalhães aos jornalistas.
Na sua intervenção no encerramento do debate do Orçamento do Estado para 2013, Telmo Correia assumiu os «riscos e incertezas» da execução orçamental, justificando o apoio dos democratas-cristãos a «um exercício aparentemente impossível» com a «instabilidade orçamental» que, no limite, poderia levar à saída do euro.
Nuno Magalhães recusou que esta intervenção do CDS tenha sido dura para um partido que está no Governo e caucionou-a mais do que uma vez, dizendo: «A nossa declaração de voto foi feita oralmente na intervenção final pelo deputado Telmo Correia».
«O Orçamento é o possível e sendo o possível não tem que ter estados de alma. A declaração de voto do CDS foi feita oralmente de forma clara aos olhos de toda a gente pelo deputado Telmo Correia em nome da bancada do CDS, em nome de todos os deputados do CDS, o que não invalida que um ou outro deputado do CDS não sinta necessidade de fazer declaração de voto», afirmou.
Questionado sobre se este é o Orçamento do CDS-PP, Nuno Magalhães respondeu: «Este é o Orçamento de uma coligação PSD/CDS da qual o CDS faz parte».