O regulador terá que ter mais cuidado na fixação das tarifas, considera Vítor Machado
Em declarações à TSF, o representante da Deco na ERSE, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, Vítor Machado, considera que o regulador tem um papel fundamental na fixação das tarifas de electricidade.
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A Quercus diz que o regulador e o Governo não podem ficar de braços cruzados perante o fim previsto das tarifas bi e tri-horárias.
Vítor Machado lembra que ao regulador cabe criar condições para que as empresas possam oferecer este tipo de tarifas que comercialmente podem ser impraticáveis.
«O regulador terá que ter mais cuidado na fixação das tarifas por opção tarifária e terá forçosamente de deixar de haver a chamada subsidiação entre as opções tarifárias» considera.
«Cada opcão tarifária deverá reflectir os seu próprios custos de produção de forma a que haja de facto espaço para que no mercado livre, haja alguém que possa oferecer essas opções a preços que compensem de facto os custos de produção» sublinha o representante da Deco na ERSE. «Teremos que ter as chamadas tarifas aditivas integrais completamente despidas de qualquer subsidiação reforçada» conclui.
A partir do final do ano os consumidores deixam de ter acesso às tarefas bi e tri horárias que atualmente existem nos contratos da EDP, uma das consequências da liberalização do mercado da energia para a qual a QUERCUS chamou hoje a atenção.
Prevendo um agravamento do valor das facturas que ronda os oito euros por mês, a associação considera que o regulador e o Governo devem agir.
A TSF já contactou a EDP que promete esclarecimentos nas próximas horas.