O PSD sublinhou hoje os números do défice de Portugal em 2013, resultado do esforço «de todo o país», criticando a oposição e em concreto o PS pelo «caminho da ilusão» que o partido e o seu líder propõem para o país.
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«Onde estão hoje as vozes que diziam ao país que estes resultados não eram alcançáveis ? Onde estão hoje aqueles que diziam que Portugal estava condenado a uma espiral recessiva ? Onde está o líder do maior partido da oposição, o deputado António José Seguro ?», questionou o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, numa declaração política onde falou dos números hoje conhecidos do défice.
O caminho escolhido pela maioria e o Governo é o correto, disse o deputado "laranja", para quem a «alternativa da oposição e do PS era o caminho incorreto, o caminho da ilusão e da desilusão».
«É o caminho da ilusão porque o PS queria que Portugal tivesse as políticas do passado, e [é o caminho] da desilusão porque o PS não é capaz de dizer ao país que este está de parabéns e que devia estar satisfeito por ter atingido estes resultados», reclamou Luís Montenegro.
O ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, afirmou hoje que apesar de o valor "exato" do défice referente a 2013 ser apurado em definitivo em março deste ano, este irá situar-se num valor próximo dos 5%, cerca de 1.750 milhões de euros abaixo do limite inscrito no programa de ajustamento económico firmado com a "troika'.
O PSD, disse Montenegro, não analisa os números com uma atitude "triunfalista", mas sublinha as «políticas do governo e o esforço das famílias e empresas portuguesas» nos resultados hoje conhecidos.
Portugal, lembrou o parlamentar, «não só atingiu como superou os objetivos orçamentais para 2013».
A redução «sistemática e consistente» da taxa de desemprego, a criação líquida de emprego, bons indicadores nas exportações e produção industrial e a diminuição dos juros da dívida soberana portuguesa foram elementos também destacados no parlamento por Luís Montenegro.
O valor do défice permite também focar as atenções do país para o «principal objetivo nacional», o da conclusão do programa de assistência financeira no dia previsto, 17 de maio, recordou ainda o deputado do PSD.
À esquerda, PS, PCP e BE lembraram que a meta com a "troika' para o défice de 2013 começou nos 3% aquando da assinatura do memorando, tendo deslizado até agora, alertando também para números que "escondem" o financiamento ao BANIF e resultam de operações extraordinárias.
«Por cada quatro euros que retiram às pessoas, três foram consumidos pela recessão», disse o deputado do PS Pedro Nuno Santos.
Já João Oliveira, do PCP, criticou o «assalto fiscal aos portugueses", por via de "roubo de salários e pensões» e aumento de impostos, reclamando que a política do Governo não é «sustentável para o futuro».
Pelo BE, Pedro Filipe Soares sublinhou que este défice «esconde as contas do BANIF» e o corte de salários, alertando também para o cada vez maior número de cidadãos que emigra, «cerca de dez mil por mês», disse.
O CDS-PP, pelo líder parlamentar Nuno Magalhães, declarou que os partidos de oposição perderam hoje uma «oportunidade para fazer um ato de contrição» pelas críticas à política do Governo e da maioria PSD/CDS-PP.