Os vários setores de atividade estão esta manhã a "digerir" as medidas do Orçamento do Estado para 2015.
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A associação que representa os taxistas avisa que andar de táxi vai ficar mais caro. A Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) sublinha, no entanto, que ainda não tem conhecimento oficial da proposta de Orçamento.
O Governo quer aumentar em dois cêntimos por litro a contribuição do serviço rodoviário. Em declarações à TSF, Florêncio Almeida, presidente da ANTRAL, diz que o executivo vai ter de compensar o setor por este aumento que a associação classifica de «barbaridade».
Já a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (Antrop) pede ao Governo que deixe os transportes públicos de fora deste aumento da contribuição do serviço rodoviário.
Luís Cabaço Martins, presidente da Antrop, entende que a solução para evitar novos aumentos dos bilhetes e passes está numa verdadeira aposta nos transportes públicos.
Na educação, a proposta de Orçamento do Estado para 2015, prevê uma quebra na despesa com o ensino básico e secundário, que baixa 704,4 milhões de euros em 2015 face a 2014, caindo para os 5.539,5 milhões de euros.
Contactada pela TSF, Maria de Lurdes Rodrigues defende que falta visão estratégica ao Governo e que esta descida na despesa «é continuar a reduzir o serviço público de educação na área de formação de adultos, provavlemnte na área de formação profissional, provavelmente nas atividades de enriquecimento curricular».
Quanto às pensões, a presidente da Associação de Pensionistas e Reformados (APRE!), diz que o Governo tira com uma mão e dá com a outra. Maria do Rosário Gama considera que o facto da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) acabar para a maioria dos pensionistas nem por isso representa menos austeridade para os mais velhos.
A presidente da APRE! questiona-se também sobre o que vai fazer o Governo em relação aos pais e avós que estão a ajudar os filhos e os netos.
Ontem, a Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV) acusou o Governo de beneficar fiscalmente o setor do vinho na proposta de Orçamento do Estado para 2015. O Governo vai aumentar em 2,9% o imposto aplicado à cerveja e às bebidas espirituosas, medida que a APCV contesta.
Esta manhã, o secretário geral da Asssociação Nacional de Empresas de Bebidas Espiriuosas, Mário Moniz Barreto, lembrou que apesar dos aumentos sucessivos de imposto na última década a receita diminuiu 40 milhões de euros.