O presidente da Câmara do Porto considera «inadmissível» que a CGD financie a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo grupo José de Mello e a Arcus sobre a totalidade do capital da Brisa.
Corpo do artigo
«Estou escandalizado, isto é inadmissível. Só espero que não seja verdade», disse Rui Rio nos instantes finais do encerramento do ciclo Grandes Debates do Regime que a autarquia portuense promoveu durante um ano.
«É uma falta de sentido patriótico fazer uma coisa destas», reforçou.
A OPA poderá envolver um investimento total de cerca de 700 milhões de euros e o presidente do grupo José de Mello, Vasco Mello, anunciou que a operação seria financiada, em dois terços, pelos «três bancos que apoiam a operação».
Um desses bancos é a Caixa Geral de Depósitos (CGD), através da Caixa Banco de Investimento; os outros bancos envolvidos são o BCP e o BES Investimento.
Um terço do investimento que o grupo José de Mello planeia realizar será com «capitais próprios».
A Arcus e a José de Mello detêm uma posição que, em conjunto, representa 53,7 por cento dos direitos de voto na Brisa e ficarão com os títulos que os restantes accionistas da concessionária optarem por vender.
Rui Rio disse que «não sabia, nem sonhava que podia ser possível» a CGD financiar esta OPA de uma empresa sobre outra.