Dados da execução orçamental até junho, revelados esta tarde, indicam que a receita fiscal do estado caiu 3,1% no primeiro semestre deste ano em comparação com igual período do ano passado. Os partidos já tiraram as suas conclusões.
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Sobre os dados da execução orçamental dos primeiros seis meses do ano, o socialista Eurico Dias, do secretariado nacional do PS, nota dois aspetos essenciais e tira uma conclusão.
«Estes dados de execução orçamental são um jogo de forma nula. Os funcionários públicos perdem o subsídio de férias e, claro, o Estado perde receitas. Portanto essas são as duas marcas essenciais desta execução orçamental», afirmou.
«Devo registar três aspetos: o IVA continua a decrescer, quando era suposto que aumentasse; as contribuições para a Segurança Social descem 3,7 por cento e o IRS aparece a aumentar, quando aquilo que acontece é que os reembolsos a muitos portugueses estão em atrasos», concluiu Eurico Dias.
Leitura diferente faz o deputado do PSD, Duarte Pacheco, que considera que o Governo está a trabalhar bem.
«O Governo está a fazer aquilo que lhe era próprio e de uma forma competente está a conseguir alcançar as metas com que estava comprometido. A despesa cai, e cai mais do que o esperado, por outro lado, do lado da receita é verdade que ela cai mas já está com uma ligeira recuperação», destacou o social-democrata.
Pela voz do PCP, Vasco Cardoso contrapõe outros dados.
«Há uma rubrica que tem a ver com os juros pagos à Banca por parte do Estado que está a subir de uma forma significativa. O que traduz que os sacrifícios que hoje estão a ser impostos, o aumento do IVA, o aumento das taxas moderadoras, a degradação dos serviços públicos, os despedimentos na administração pública, o roubo dos subsídios estão a ser feitos não para resolver o problema do défice mas essencialmente para continuar a garantir os volumosos lucros do capital financeiro», lembrou o comunista.