O primeiro-ministro garantiu ontem à noite, em Viseu, que estão a ser criados empregos e defendeu que as pessoas não devem perder a esperança. A questão do desemprego marcou os desabafos que Passos Coelho ouviu da população.
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Durante uma visita à Feira de S. Mateus, em Viseu, Passos Coelho foi várias vezes abordado por pessoas que o confrontaram com o problema do desemprego, às quais fez questão de dar respostas.
Passos Coelho explicou-lhe que, «desde o início do ano, o número de empresas que tem aberto supera o número de empresas que tem fechado» e que, portanto, Portugal tem conseguido «criar mais postos de trabalho do que aqueles que são destruídos».
No final da visita, Passos Coelho admitiu aos jornalistas que o desemprego é «uma chaga grande» em Portugal, mas aludiu a situações piores, como a de Espanha, que tem uma taxa de desemprego de quase 25%, e a da Grécia, onde o desemprego não consegue baixar dos 26%.
«Nós estamos a reduzir a taxa de desemprego. Sabemos que muitas pessoas tiveram de sair, como saíram na Irlanda, na Grécia e algumas também em Espanha», afirmou.
Questionado se ficará de consciência tranquila ainda que perca as eleições, Passos Coelho disse não confundir as situações e que haverá uma altura em que tratará da campanha eleitoral e de se confrontar com o eleitorado para pedir o seu voto para um outro mandato.
«Mas isso é um quadro diferente, é um quadro de campanha eleitoral. A obrigação de quem está no Governo, em qualquer altura, é prestar contas daquilo que faz», considerou.
O governante garantiu ser um primeiro-ministro de consciência tranquila e «preocupado com as situações que se vivem» em Portugal. «Trabalho muito para que elas se possam modificar e que as pessoas possam ter mais esperança no seu futuro», disse.