
Pedro Passos Coelho
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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, garantiu hoje, em resposta ao PS, que o Governo não concorda com a redução salarial no privado, frisando que esta questão «é um não assunto».
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«Houve membros da troika que se pronunciaram defendendo uma solução como essa [de redução dos salários no sector privado], mas essa solução não está prevista no nosso programa de assistência económica e financeira, não foi objecto de nenhum consenso com o Governo. Portanto estamos a perder tempo a discutir um 'não' assunto», esclareceu.
Questionado sobre a moderação dos salários que o Governo sugeriu, Passos Coelho explicou que foi ele próprio, em Luanda, que defendeu «uma contenção e moderação salarial na medida em que o país e as empresas precisam de ganhar competitividade».
Nesse sentido, «não devem para esse efeito agravar os seus custos internos. Os custos do trabalho são um dos custos importantes que as empresas têm, não são o único. Mas pesam, e pesam tanto que houve empresas que já fecharam portas por não conseguirem suportar esse peso e houve pessoas que ficaram desempregadas por essa razão».
«Ora se nós queremos ganhar competitividade, as empresas têm que ter moderação e contenção salarial. Mas isso os empresários sabem, como é evidente», sublinhou Passos Coelho.