
Global Imagens/Paulo Spranger
No dia em que a Cáritas divulgou um estudo em que revela o aumento dos casos de pobreza, Cavaco Silva desfiou números e falou de uma realidade que não pode ser silenciada.
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Com dois milhões e meio de portugueses em risco de pobreza ou exclusão social, quase um milhão de inscritos nos centros de emprego, 550 mil sem trabalho há mais de um ano e desemprego jovem nos 42 por cento, o chefe de Estado lembrou que está é uma realidade que não pode ser silenciada.
«Perante estes números, é natural que nos questionemos sobre o quadro social que temos perante nós. Não nos podemos resignar, não podemos silenciar esta realidade dramática», alertou.
No auditório do Banco de Portugal, Cavaco Silva elogiou o trabalho das organizações de solidariedade social e deixou um conselho: «Com um potencial aumento do risco de pobreza, importa identificar oportunidades, mobilizar recursos, centrar sobre as políticas de proximidade o esforço de financiamento por parte do Estado.»
«O combate à pobreza não se compadece com protagonismos mediáticos nem com voluntarismos inconsequentes; exige racionalidade e capacidade de mobilização dos recursos disponíveis, organização da ação coletiva e rigor na aplicação dos recursos», sublinhou
No final, Cavaco silva resumiu o desafio da economia social para os próximos tempos: «Criar mais oportunidades de inserção, aumentando o seu contributo na produção da riqueza nacional.»