O presidente da Soares da Costa assegurou que a empresa não participou em nenhuma ilegalidade e pretende uma indemnização do Estado pelo dinheiro investido.
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Em causa está o facto de o Tribunal de Contas (TC) não ter atribuído visto prévio ao contrato da ligação de alta velocidade ferroviária Poceirão-Caia. O Governo anunciou depois o fim do projeto.
Em declarações à TSF, o presidente da empresa Soares da Costa, que faz parte do concórcio ao qual foi adjudicado a obra Poceirão-Caia, fez saber que pretende agora uma indemnização do Estado pelo dinheiro investido.
«Duzentos e sessenta e quatro milhões de euros é uma verba que consta do relatório de contas da Elos referente a 2011 que já está fechado, aprovado pela assembleia geral e certificado pelos auditores», afirmou António castro Henriques.
«Entretanto, as condições dos mercados financeiros alteraram-se e houve mais encargos financeiros que se acumularam. A nossa melhor estimativa dos custo da resolução do contrato para o Estado, neste momento, é de 300 milhões de euros», sublinhou.
O responsável afastou ainda qualquer imputação de responsabilidades do consórcio à recusa do visto do TC.
«O TC diz que foram cometidas ilegalidades, não diz por quem e não sou eu que as vou dizer. A nossa contraparte no contrato é, efetivamente, a Refer», considerou.
A Soares da Costa garantiu que, nos últimos meses, as partes trabalhavam para tentar evitar que este contrato caísse, havendo mesmo várias reuniões entre entre os administradores do consórcio e representantes do Governo.
Agora, o presidente da construtora disse esperar pela «luz verde do Executivo».