O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que o Japão sabe que Portugal é um caso diferente na crise europeia. Em visita oficial ao país, Paulo Portas sublinhou que Chipre «é uma história única».
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, no Japão, afirmou hoje que o caso de Chipre «é uma história única, não haverá um Chipre 2. Este tipo de decisão é único, não é um exemplo, nem será repetido noutros casos».
Numa autêntica roda viva, Paulo Portas deu hoje entrevistas, conferências de imprensa e garante que o Japão sabe que Portugal é um caso diferente, muito próximo do caso da Irlanda. Os japoneses têm noção que há espaço para uma aproximação, principalmente em termos económicos, diz Portas.
O ministro dos Negócios Estrangeiros deu o exemplo da privatização aos chineses para dizer que Portugal não privilegia o contacto com os parceiros europeus em detrimento dos asiáticos. A ásia tem um potencial enorme e no caso do Japão a discriminação é positiva.
«Distinguem claramente o caso de Portugal, como o da Irlanda relativamente a outros. Têm ajudado na recapitalização dos nossos bancos mas acima de tudo partilhamos um conjunto de valores politicos e económicos, este mercado é enorme, podemos exportar muitissimo mais», afirmou o ministro naquela que é a terceira maior economia do mundo.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros, «a percepção externa sobre Portugal melhorou consideravelmente, portanto este é o momento para aproveitar um mercado como o Japão».
«Portugal é respeitado, Portugal é gostado, Portugal é querido, Portugal é reconhecido! São quase 500 anos de amizade e ambos os países se sentem seguros a investir nos respetivos mercados», garante Portas que voltou a falar da importância das exportações para a recuperação da economia portuguesa.
«É essencial nós garantimos investimento para termos crescimento. Crescimento gera emprego. As exportações são uma bandeira enorme de Portugal neste momento em termos de economia global. O turismo precisa de crescer muito neste mercado», diz o ministro que não quis pronunciar-se sobre a entrevista que José Sócrates dará esta noite à RTP, o caso Jorge Silva Carvalho ou a moção de censura do partido socialista.