Portugal vai voltar a realizar uma emissão de dívida de longo prazo, numa operação combinada de sindicatos e leilões, no segundo trimestre deste ano, informou hoje o IGCP.
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A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) informou hoje, em comunicado, que estão previstas para o segundo trimestre «emissões de OT [Obrigações do Tesouro] através da combinação de sindicatos e leilões», esperando-se uma colocação de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão.
Os leilões de OT terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP) e poderão ser realizados na segunda ou na quarta quarta-feira de cada mês após anúncio do montante indicativo, informou a instituição liderada por Cristina Casalinho.
Em janeiro, Portugal colocou no mercado 3.500 milhões em dívida a 10 anos e 2.000 milhões em títulos a 30 anos, tendo sido colocados no mercado 5.500 milhões de euros ao todo através de uma operação sindicada. As taxas de cupão foram de 2,875% para os títulos a 10 anos e de 4,1% no caso das obrigações a 30 anos.
Em fevereiro, Portugal realizou mais duas emissões de OT a 10 anos, totalizando os 2.749 milhões de euros, com juros de 2,506% na primeira emissão e de 2,0411% na segunda. Já no que se refere aos Bilhetes do Tesouro, o calendário do IGCP aponta para a realização de seis leilões no segundo trimestre, oscilando o montante indicativo global entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros por mês.
Em abril, o IGCP deverá reabrir uma linha de BT a três meses e outra a 11 meses; em maio, deverá reabrir uma linha a seis meses e lançar outra a 12 meses e, em junho, está prevista a reabertura de duas linhas de BT, uma a três meses e outra a 11 meses.
O IGCP salvaguarda, no entanto, que vai acompanhar «ativamente a evolução das condições de mercado», podendo «introduzir ajustamentos» que entenda necessários.
No programa de financiamento do Estado para 2015, divulgado em janeiro, o IGCP previu a emissão bruta de até 14 mil milhões de euros em dívida de médio a longo prazo ao longo do ano para cobrir as necessidades de financiamento, embora o documento não incluísse o pagamento antecipado de parte do empréstimo contraído junto do FMI.