O presidente do conselho de administração do Montepio, António Tomás Correia, disse hoje que os associados e clientes da instituição "podem estar descansados" porque a sua relação com o banco é segura.
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Hoje o jornal Público noticia que o "Banco de Portugal denuncia Montepio ao Ministério Público", referindo que "o supervisor detetou falhas nos mecanismos de controlo de operações financeiras suspeitas de indiciarem crimes de branqueamento de capitais".
Tomás Correia, presidente do Banco, garante à TSF que o Montepio não tem nenhum documento do Banco de Portugal sobre alegadas falhas em operações que podem indiciar o crime de branqueamento de capitais, nem recebeu qualquer comunicação que possa induzir a tal suspeita.
O presidente do Montepio Geral diz que tão pouco recebeu qualquer comunicação que possa induzir a tal suspeita, que resultou, conta o jornal Público, numa denúncia do Banco de Portugal ao Ministério Público.
Numa breve nota enviada à TSF, a Procuradoria Geral da Republica garante que até ao momento não recebeu qualquer queixa do Banco de Portugal sobre o Montepio Geral, como noticia o jornal Público. Presidente do Montepio também desconhece qualquer suspeita do regulador.
A denúncia, diz o jornal, foi feita no final de Abril, depois de terem encontradas falhas em operações que podem indiciar o crime de branqueamento de capitais. O Público conta que em causa, estão movimentos com origem no Finibanco Angola, que é detido pelo Montepio Geral.
O banco liderado por António Tomás Correia não terá comunicado as transacções entre os 2 países, o que é exigido pela lei.
O Banco de Portugal, segundo o jornal, detectou a falha e denunciou o caso ao Ministério Público.
O jornal lembra que há uns meses, Tomás Correia garantiu que 90% dos procedimentos apontados pelo Banco de Portugal ao Montepio estavam corrigidos e 10% parcialmente sanados.
O presidente do Montepio assegura que o banco realiza operações e apoia interesses portugueses em Angola, em linha com os interesses de Portugal e do governo português, tendo nesse sentido, criado uma linha de credito para ajudar os empresários portugueses em território angolano a superar as dificuldades criadas com a escassez de divisa.
Tomás Correia sublinha ainda que todas operações que o Montepio tem realizado assentam em pressuposto de verificação obrigatória, o que significa a verificação permanente da existência de atividade económica que justifique a operação, a regularidade e regularizção fiscal perante as autoridades e a cobertura adequada do risco da operação.
O presidente do Montepio lembra que a instituição está em fase de separação de activos da Caixa Económica e depois vai haver eleições para a associação mutualista.
Num momento em que o sector bancário enfrenta uma crise de confiança, Tomás Correia lamenta este tipo de notícia e admite recorrer a meios jurídicos para defesa do bom nome da instituição que ainda lidera.