António Costa manifestou-se convicto de que em julho a Comissão Europeia dará "um novo passo de aproximação" às previsões do Governo.
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"As previsões da Comissão têm estado em evolução, aliás positiva. Começaram em 3,4, já vão em 2,7, diz agora que temos de alcançar uma meta de 2,3. A nossa meta no Orçamento, com as medidas que já temos é de 2,2. Nós continuamos tranquilos sobre a forma como o Orçamento tem vindo a ser executado. Não encaramos a necessidade de medidas adicionais para alcançar o objetivo que nos propomos, quanto mais para alcançar um objetivo menos ambicioso", afirmou António Costa.
O primeiro-ministro disse estar convicto de "que se tudo continuar a correr normalmente" na economia e na execução orçamental, em julho a Comissão estará "a dar um novo passo de aproximação" às previsões do executivo português.
À entrada para uma exposição no Museu de Arqueologia, António Costa reagia ao anúncio da Comissão Europeia de manter Portugal sob Procedimento por Défice Excessivo (PDE), recomendando ao Governo que avance com uma correção duradoura do défice até 2017 e prometendo voltar a olhar para a situação do país em julho.
Entretanto, o ministro da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social congratulou-se com a decisão de Bruxelas, sublinhando que a Comissão Europeia não identificou nenhuma situação dramática que exigisse a aplicação de sanções a Portugal.
Vieira da Silva salienta que a execução orçamental dos próximos meses deverá permitir atingir as metas estabelecidas por Bruxelas.
"Aquilo que me parece relevante é que a Comissão Europeia não identificou nenhuma situação dramática que exigisse a aplicação de sanções, que há um reconhecimento de que no período em análise - de 2013 a 2015 - não foram atingidos os objetivos da consolidação orçamental, mas há também a manifestação por parte da Comissão Europeia [...] que Portugal irá atingir essa situação em 2016", disse Vieira da Silva.