Os governos europeus garantem que a taxa sobre depósitos bancários que vai ajudar a financiar a ajuda a Chipre não será adotada em futuros resgates.
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Esta informação surge num documento confidencial citado pela agência Bloomberg.
«O programa de Chipre não serve de modelo porque as medidas foram desenhadas à medida da excecional situação cipriota», indica o documento aprovado na terça-feira pelos representantes dos ministros das Finanças da zona euro e que servirá de guia para explicar a decisão de segunda-feira ao público.
O compromisso contraria assim a impressão deixada pelo ministro holandês das Finanças, Jeroen Dijsselbloem que, em declarações à Reuters e ao Financial Times, onde afirmou que os futuros problemas bancários deviam ser resolvidos a nível nacional e questionou a necessidade de usar dinheiro dos europeus para recapitalizar os bancos.
Embora o ministro, que presidiu às negociações do pacote cipriota, tenha clarificado as suas declarações posteriormente, vários governos forçaram uma confirmação europeia de que a controversa taxa sobre as contas bancárias do Chipre não será incluída nas ferramentas normais de gestão de crise.
A porta-voz do ministro holandês, Simone Boitelle, disse à Bloomberg que desconhecia o documento, designado no jargão e Bruxelas como "Termos de referência", escusando-se a comentar.
O documento lembra ainda as decisões de anteriores cimeiras europeias no sentido de reforçar a união monetária «com base numa integração mais profunda e solidariedade reforçada, incluindo uma implementação integral do novo quadro de governação económica, bem como medidas adicionais para a união bancária».