No Fórum TSF, o deputado João Galamba abre a porta a essa possibilidade, se "não houver um comprador com uma oferta razoável".
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O vice-presidente do grupo parlamentar do PS clarifica o cenário em que o Novo Banco pode manter-se sob controlo do Estado. "Se não houver nenhuma oferta que proteja os contribuintes, que dê viabilidade ao banco, se calhar, o melhor é mesmo o banco ficar na esfera pública".
João Galamba não afasta a possibilidade de discutir a proposta do PCP para nacionalizar o Novo Banco, mas sublinha que o PS defende a venda. Uma solução que os socialistas consideram a melhor para os contribuintes, que assim "podem recuperar uma parte do dinheiro que emprestaram ao fundo de resolução".
Além disso, "uma venda, por qualquer valor, terá sempre um impacto positivo no défice e na dívida. " Mesmo assim, o economista do PS não afasta a possibilidade de discutir outras possibilidades, defendidas por outros partidos, como o PCP e o Bloco de Esquerda.
Ainda assim, João Galamba avisa que o "debate não deve estar centrado em vender ou nacionalizar". Qualquer dos caminhos deve ser muito bem fundamentado. Isto porque a decisão de nacionalizar implica que "o Estado deixaria de receber um determinado montante que um eventual comprador" poderia pagar.
Daí que o porta-voz dos socialistas entende que este debate não pode ser feito "apenas com chavões, se deve ser público ou privado. É preciso perceber exatamente o que implicaria ser público".
"Teria o Estado vantagem em ter o Novo Banco quando já tem a Caixa? Tem o Estado condições financeiras para ser um acionista capaz de dois bancos?", questiona o deputado.
João Galamba defende que é esse o debate fundamental que deve ser feito.