O PS encara os números da execução orçamental de agosto como um sinal de alarme, sublinhando que, se nada for feito, o défice vai chegar aos seis por cento no final do ano.
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«A trajetória de execução, comparando 2012 com 2013, é praticamente idêntica e ainda falta contabilizar os subsídios de férias (dos funcionários públicos e pensionistas). É um motivo de preocupação porque estamos em grandes dificuldades. Podem estar comprometidos os objetivos de chegar a um défice de 5,5 por cento de défice orçamental em 2013 em contabilidade nacional», afirmou.
Em conferência de imprensa na sede do PS, em Lisboa, Eurico Brilhante Dias apontou que a execução orçamental de agosto «mantém o mesmo padrão dos últimos meses», destacando que em termos homólogos é «é quase mil milhões de euros pior do que em 2012».
Em relação à despesa, o secretário nacional do PS assinalou que há «elementos muito preocupantes», nomeadamente a «notícia de que os hospitais do Serviço Nacional de Saúde têm resultados homólogos muito piores» do que em 2012, e «um aumento significativo de pagamentos em atraso», reclamado pela indústria farmacêutica.
O dirigente socialista assinalou ainda que «há uma diminuição generalizada» da receita dos impostos indiretos e um aumento «muito substantivo» na receita do IRS.
Menos rendimento disponível, menos impostos indiretos e mais despesa, com subsídios de desemprego que aumentaram praticamente dez por cento (em relação a 2012)", criticou.
«Se a trajetória da execução orçamental se mantiver e não houver medidas adicionais, infelizmente para Portugal, chegaremos ao fim do ano com um défice provavelmente próximo dos 6 por cento», considerou, sustentando que «as campainhas de alarme devem soar neste momento».