PS aponta défice de 7,2% como "fracasso" do governo e "herança pesada" para os socialistas
Pedro Nuno Santos diz que custos para os contribuintes "são claros" e que impacto no défice orçamental de 2015 é "imprevisível".
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"Os números do INE representam aquele que é o maior fracasso da governação de Pedro Passos Coelho. Este é mesmo o seu maior lapso", diz o dirigente socialista.
Depois de revelados os números do Instituto Nacional de Estatística, que revelam que o adiamento da venda do Novo Banco fez subir o défice orçamental de 2014 para os 7,2% do PIB, o deputado Pedro Nuno Santos acusa o governo de coligação PSD/CDS-PP de "incompetência na gestão" do caso.
O candidato pelo círculo eleitoral de Aveiro, que durante a manhã, em Águeda, fez campanha ao lado de António Costa, diz que Pedro Passos Coelho "terá agora de explicar para que é que serviram os cortes" e atira: "Enganaram os portugueses, dizendo que não haveria custos para os contribuintes. Quem terá de injetar [dinheiro] será o Fundo de Resolução e os contribuintes"
Pedro Nuno Santos diz que o governo falhou as metas orçamentais "todos os anos" e que, para cumprir a meta de 2015, o país terá de ter, no segundo semestre, "um défice orçamental de 1%, uma vez que tivemos no primeiro semestre de 4,7%" do PIB.
"Deixam uma herança pesada, mas o PS está pronto para governar. Tem um programa estudado e preparado para as dificuldades deixadas por Pedro Passos Coelho e Paulo Portas", sublinha, afirmando que as medidas socialistas são as únicas capazes de fazer o país "sair do buraco".
Questionado sobre a permanência do governador Carlos Costa à frente do Banco de Portugal, em caso de vitória do Partido Socialista no próximo dia 4 de outubro, Pedro Nuno Santos limitou-se a criticar o primeiro-ministro: "Pedro Passos Coelho não pode esconder-se atrás de Carlos Costa".