Em reacção à apresentação do Orçamento, o secretário-geral do PS não quis revelar o sentido de voto do partido, frisando porém que as medidas anunciadas «são violentas e injustas».
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«O orçamento de 2012 é um assunto muito sério e não seria sério que hoje minutos depois de ser entregue na Assembleia da República, e perante um documento tão complexo, o PS decidisse a sua posição», explicou João Ribeiro, secretário-geral do partido.
«Vamos analisar em detalhe a proposta de orçamento e anunciaremos oportunamente ao país o sentido de voto do Partido Socialista» revelou João Ribeiro, acrescentando que «o PS decidirá o seu voto estudando a proposta de Orçamento do Estado e tendo em atenção o interesse nacional».
João Ribeiro deixou a garantia de que «o PS não cederá a pressões ou a chantagens», nesse sentido, frisou, «mantêm-se as três hipóteses em aberto», ou seja, o voto a favor, contra ou a abstenção.
O PS vai reunir-se durante a próxima semana com os parceiros sociais e depois convocará a comissão política para definir sentido de voto.
Ainda assim, e apesar de sublinhar que uma coisa é o sentido político do voto, outra é o conteúdo do orçamento, João Ribeiro destacou que o documento «viola promessas eleitorais» e «vai muito para além do memorando negociado com a troika».
«Estas são as medidas e as escolhas do primeiro-ministro Passos Coelho, do PSD e do CDS-PP. Não correspondem ao orçamento que o PS apresentaria, nem é o caminho que o PS escolheria. As medidas apresentadas são violentas e injustas, sobretudo para quem vive do trabalho e das pensões», sublinhou João Ribeiro.