Hugo Soares diz que estão errados os que «acusam o Governo de ser demasiadas vezes subserviente à troika», João Almeida diz que o relatório do FMI sobre as oitava e nona avaliações a Portugal provam que Governo e o FMI têm visões diferentes.
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O social-democrata Hugo Soares reconhece que o relatório do FMI sobre as oitava e nova avaliações ao programa de assistência financeira a Portugal mostra a necessidade de prosseguir no caminho da austeridade.
Contudo, este deputado do PSD sublinhou que estão errados todos aqueles que «acusam o Governo de ser demasiadas vezes subserviente à troika», dado que «há opções que resultam diferente daquilo que este relatório do FMI parece apontar».
«Este relatório também diz que há necessidade de continuarmos na política de consolidação orçamental e, ao mesmo tempo, apostando nas políticas de crescimento económico. Julgo que este é o dado mais positivo que este relatório traz», sublinhou.
O centrista João Almeida defende também que este documento revela que o Governo e o FMI têm visões diferentes em diversas matérias.
«Ficou claro que o Governo defendeu outro limite para o défice para este ano e outro limite para o défice teria feito muita diferença em matérias como o IRS, que poderia ter sido reduzido», acrescentou este deputado do CDS.
João Almeida entende ainda que o défice de 4,5 por cento do PIB que o Governo defendeu poderia também ter resultado na redução do IVA para a restauração e em cortes nos salários e pensões apenas em níveis superiores.