O PSD colocou o acento tónico sobre as considerações da UTAO relativas ao défice e à redução da despesa do Estado em 2012. O PS diz que tem preocupações semelhantes às da UTAO.
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O social-democrata Duarte Pacheco assinalou que o facto de a UTAO admitir que o défice para 2012 deve ficar abaixo dos cinco por cento e que houve uma «redução significativa de cerca de 1,6 por cento no Estado face a 2011».
Reagindo ao relatório da UTAO sobre a execução orçamental de janeiro de 2013, este deputado do PSD entende que o que esta unidade disse em relação a 2012 foi «positivo» e considerou que já se esperavam as conclusões destes técnicos para 2013.
«A execução de um só mês não nos permite tirar grandes conclusões, que os riscos são grandes e já foram reconhecidos e que se torna fundamental para alcançar a meta que está orçamentada a aplicação do tal plano de contingência de cerca de 0,5 por cento do PIB», acrescentou.
Duarte Pacheco disse ainda que é preciso agora aguardar quais serão as medidas relativas a este plano já anunciado pelo ministros das Finanças e como vai decorrer a execução orçamental nos próximos meses.
Já o socialista João Galamba indicou que o PS tem «preocupações» semelhantes às da UTAO a começar pelo «buraco orçamental muito significativo em torno dos 800 milhões de euros» existente no Orçamento de Estado no primeiro mês de 2013.
«É evidente que o quadro macroeconómico que esteve na base da construção de todo o orçamento de 2013 neste momento não tem qualquer credibilidade e nunca teve credibilidade», frisou.
Para este deputado do PS, o «Governo negou até à última» esta realidade, «mas agora até o próprio Governo reconhece que é preciso alterá-lo de forma significativa e que essa alteração tem fortíssimos impactos no Orçamento, nomeadamente nas metas».