A Bolsa de Lisboa está animada, com a banca a disparar mais de cinco por cento. São efeitos da prevista injecção de 12 mil milhões de euros para capitalizar os bancos portugueses.
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As acções dos três maiores bancos privados portugueses dispararam entre cinco a seis por cento a meio da sessão.
Os analistas de mercado atribuem esta forte subida dos títulos do sector bancário ao suporte do programa de capitalização da banca incluído no pacote de ajuda externa a Portugal.
Os investidores estão a mostrar assim, pelas ordens de compra, que as condições e o calendário definido são favoráveis.
O acordo prevê a capitalização dos bancos num espaço de tempo maior, ou seja, até final de 2012, o que retira pressão imediata sobre as instituições bancárias portuguesas, pois não vão ser obrigadas a vender activos com tanta urgência como se esperava.
Por volta das 12:00, apesar dos principais títulos aliviarem dos picos máximos da sessão, alcançados a meio da manhã, o BPI liderava os ganhos percentuais, subindo quatro por cento e valendo 1,26 euro por papel.
O Banif avançava 3,91 por cento enquanto o BCP era o título mais movimentado, com mais de 18 milhões de papéis transaccionados e subindo 3,98 por cento para 55 cêntimos por acção.
O BES seguia a mesma tendência e ganhava 2,19 por cento para 2,89 euros.
De resto, com 18 dos 20 títulos que compõem o PSI20 em alta, a juntar aos ganhos de outros pesos pesados como a EDP e a PT a rondar um por cento, o índice principal está agora a ganhar 1,24 por cento.
A Europa encontra-se em sentido contrário. O risco de incumprimento é o que mais cai na Europa. O preço dos seguros de crédito, os chamados "credit default swaps" (CDS), está a cair 29 pontos base para 620 pontos base, de acordo com dados da consultora CMA Datavision.
É uma descida de um ponto base no custo de um CDS, que equivale a uma redução de mil dólares no custo anual de proteger 10 milhões de dólares em dívida por cinco anos.