A PT e a Oi renegociaram o acordo de fusão, por causa da dívida não paga por uma empresa do Grupo Espírito Santo. O novo entendimento foi anunciado à bolsa e significa que a PT perde peso no negócio.
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Era uma efeito esperado da crise do Grupo Espírito Santo. A Portugal Telecom (PT) anunciou, esta manhã, a mudança do contrato de fusão com a brasileira Oi.
Assim, e reafirmado a vontade de manter o negócio de fusão, as operadoras portuguesa e brasileira, decidem refazer a divisão de poder.
A operadora, numa nota enviada à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), confirma que não foi pago o empréstimo feito à Rioforte, do Grupo Espírito Santo.
A PT irá receber da Oi a dívida de 900 milhões de euros que deveria ter sido paga pela Rioforte em troca de ações da operadora brasileira.
Desta forma, as duas empresas querem ganhar o tempo necessário para minimizar as perdas decorrentes do incumprimento da Rioforte.
No documento publicado, esta madrugada, no site da CMVM fica ainda escrito que a PT poderá recuperar essas ações em seis anos.
Além disso, o apoio brasileiro terá um valor acrescentado. A Telecom Portuguesa perde espaço na CorpCo, a empresa que resulta da fusão entre a PT e a Oi, cujas ações ficarão condicionadas à recuperação da dívida da empresa do Grupo Espírito Santo de mais de 38 por cento do capital previsto no memorando de outubro de 2013. A participação real portuguesa passará para 25,6 por cento.
A restante fatia ficará sujeita ao pagamento da Rioforte. No documento de três páginas assinado pelo presidente da comissão executiva da PT, Henrique Granadeiro, e pelo administrador financeiro Luís Pacheco de Melo, a Portugal Telecom informa ainda que vai agir legalmente contra a Rioforte para obter o reembolso da dívida, uma ação que a pedido da PT vai contar com o apoio da Oi.