A UGT considera a medida simplista, mas admite discutir a proposta do governador do Banco de Portugal em sede de concertação social. Já ontem a CGTP tinha criticado a argumentação invocada por Carlos Costa
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A posição da central sindical foi conhecida hoje. O secretário geral adjunto da UGT reconheceu à TSF que ficou espantado com a proposta do governador do Banco de Portugal sobre a necessidade de encontrar mecanismos de pré-reforma para trabalhadores com «longas carreiras contributivas», que não se adaptaram às novas condições de trabalho, com rendimentos e níveis de produtividade decrescentes.
Perante esta proposta, Nobre dos Santos da UGT considera que não pode haver uma luta entre trabalhadores mais novos e mais velhos, mas admitiu discutir o assunto em sede de concertação social.
Já ontem a CGTP tinha acusado o governador do Banco de Portugal de «fundamentalismo económico», por propor a pré-reforma dos trabalhadores com mais idade, e defendeu que os trabalhadores mais velhos não são descartáveis.
«Para o governador do Banco de Portugal, os trabalhadores, a partir de uma idade que não esclarece (mas que será relativamente baixa, já que se está a referir a pré-pensões), devem ser excluídos da população ativa, passando a ser pessoas descartáveis da sociedade», diz a CGTP num comunicado.
Na nota, a Intersindical explica que não contesta a possibilidade de recurso a reformas antecipadas ou a pré-reformas, contesta sim a argumentação usada.