O padre Jardim Moreira, presidente desta rede, defende que é preciso «reduzir a pobreza nas suas causas e origens». Já o sociólogo Luís Capucha entende que o aumento do salário mínimo é fundamental para combater desigualdades.
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O presidente da Rede Europeia Anti-Pobreza considerou que existe em Portugal uma «assimetria enorme entre os que ganham mais e os que ganham pouco».
No Fórum TSF, o padre Jardim Moreira não compreende como se pretende reduzir a pobreza com a atribuição de «subsídios ou formas de alimentação» de uma forma que os políticos dizem ser uma «resposta imediata à pobreza».
«É preciso reduzir a pobreza e o limiares da pobreza nas suas causas e origens. A pobreza tem uma causa estrutural na política económica nacional», acrescentou.
Jardim Moreira entende ainda que «não há a coragem de democraticamente se tratar os portugueses com igual justiça ao Direito e dignidade humana».
Por seu lado, o sociólogo Luís Capucha entende que o aumento do salário mínimo é uma necessidade absoluta, por causa do combate às desigualdades, que, na sua opinião, esteve na origem da atual crise.
«O aumento do salário mínimo e do valor das pensões são instrumentos básicos de distribuição primária dos rendimentos e, portanto, de combate às desigualdades. É essencial que se criem equilíbrios sociais sem os quais não há equilíbrios económicos. Não há oásis económicos em desertos sociais», frisou.