O indicador de sentimento económico da Comissão Europeia para Portugal subiu em setembro, contrariando a tendência de queda registada tanto na zona euro como na União Europeia. O INE revelou também hoje que a confiança dos consumidores aumentou em setembro para máximos desde 2006.
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De acordo com o indicador, hoje divulgado em Bruxelas, enquanto o sentimento económico recuou 1,0 pontos na União Europeia e 0,7 na zona euro (para 103,6 e 99,9 pontos, respetivamente), em Portugal subiu 1,1 pontos, face a agosto, para se fixar em 101,6 pontos.
Este indicador volta assim a melhorar, depois de em agosto ter caído e interrompido cinco meses de subidas consecutivas.
O indicador de sentimento económico calculado pela direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da Comissão Europeia mede a confiança e as expectativas dos consumidores e empresas quanto à economia.
Em Portugal, face a gosto, o indicador melhorou em setembro na maioria dos setores 'medidos'. Nos consumidores melhorou de -28,2 para -23,9 pontos, no comércio a retalho de 1,2 para 2,0, na indústria de -7,4 para -6,5 e de -46,2 para 44,8 pontos no setor da construção. A exceção foi o setor dos serviços, em que desceu de 2,6 em agosto para 0,4 em setembro.
Já o Instituto Nacional de Estatísticas (INE) divulgou hoje que o indicador de confiança dos consumidores «aumentou ligeiramente» em setembro e atingiu o valor mais elevado dos últimos oito anos.
Para esta subida, refere o INE, contribuiu a melhoria das «expetativas sobre a evolução da situação económica do país e das perspetivas de evolução da poupança e da situação financeira do agregado familiar». Já as perspetivas sobre a evolução do desemprego afetaram negativamente. Este indicador fixou-se em setembro nos -24,6 pontos, que compara com os -25,2 de agosto.
Quanto ao indicador de clima económico (calculado através de inquéritos a empresas de vários setores de atividade) estabilizou em setembro, fixando-se nos 0,7 pontos já registados em agosto. Segundo o INE, este indicador suspendeu assim «o perfil crescente iniciado em janeiro de 2013», ainda que permaneça no valor máximo desde julho de 2008.