O setor que já foi o primeiro exportador nacional perdeu na última década centenas de empresas. As que apostaram na exportação são as que resistem melhor.
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Desde o início da crise, a queda do consumo interno tem afetado muito as empresas do setor têxtil que funcionam para o mercado nacional. Apenas as empresas que se dedicam à exportação têm conseguido resistir à crise financeira.
João Costa, o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, diz que há menos empresas e menos postos de trabalho, mas o mesmo contributo para as exportações, ou seja, o setor até tem resistido à crise.
João Costa sublinha que são as empresas exportadoras que apostaram na inovação, na qualificação dos recursos humanos, na inovação e na criatividade que melhor estão a resistir à crise.
«O ano passado atingimos mais de quatro mil milhões e este ano estamos praticamente no mesmo nível», acrescenta.
Atualmente os têxtis empregam 150 mil pessoas e representam 10 por cento das exportações. Pior está o mercado nacional, com uma queda acentuada nas vendas. Na última década, o setor perdeu em média dez mil postos de trabalho.
«Nestes últimos dois, três anos poderemos estar a falar de quebras que atingem os 50% em muitas áreas das vendas aos públicos, o que obrigou a reduções de pessoal e a fecho de lojas, e que continua a obrigar. Algumas empresas não resistiram e tiveram de entrar em processo de insolvência e encerrar a atividade», lamenta João Costa.