Enquanto a CGTP pede ao Governo para analisar o que leva uma empresa com 1200 trabalhadores a querer despedir 940, a UGT avisa que a Segurança Social pode vir a pagar as reestruturações das empresas.
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Rescisões por mútuo acordo com tantos trabalhadores - algo que exige a aprovação do Governo -, «é uma situação excepcional que entretanto poderá ser imediatamente seguida por outras empresas», procurando ir assim ao encontro daquilo que «uma parte do grande patronato» neste negócio defende, ou seja, a «redução do quadro de efectivos» e a substituição com trabalhadores «com vinculo precário», disse Arménio Carlos, da Comissão Executiva da CGTP.
O sindicalista disse que nunca teve conhecimento de «pedidos excepcionais de alargamento do número de rescisões» como este e questionou as perspectivas que a empresa tem para o futuro.
A CGTP exigiu ainda ao Governo que se pronuncie sobre a situação. «Não pode sacudir a água do capote», considerou Arménio Carlos.
Também o secretário-geral da UGT, João Proença, se mostrou preocupado com a situação na empresa. A Soares da Costa «está a procurar fazer da Segurança Social um financiador da reestruturação das empresas», considerou.