Parceiros sociais têm de chegar a um consenso até à próxima quarta-feira.
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A UGT foi a único parceiro social a mostrar-se disponível para chegar a um acordo para a alteração do código trabalho, tendo por base a proposta apresentada esta quinta-feira pelo governo.
A alteração prevê o alargamento de 90 para 180 dias do período experimental dos contratos de trabalho sem termo celebrados com os trabalhadores à procura do primeiro emprego ou com desempregados de longa duração.
No final da reunião da concertação social, o dirigente da UGT garantiu que a central sindical está disponível para assinar o documento.
"Há ainda algumas propostas que devem ser esclarecidas, mas genericamente é um documento que irá merecer o nosso consenso", afirmou Sérgio Monte.
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Por outro lado, a CGTP deixou duras críticas à proposta do executivo. O secretário-geral Arménio Carlos entende que um dos temas de maior gravidade diz respeito à caducidade dos contratos coletivos.
"Aquilo que nos aparece é a manutenção da caducidade, ou seja a destruição da contratação coletiva", defendeu o líder da intersindical.
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Do lado dos patrões, o presidente da CIP, António Saraiva também não concorda com o modelo da proposta apresentada pelo governo, explicando que a ideia penaliza "o que a economia já está a corrigir".
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No mesmo tom, o presidente da confederação do comércio e serviços, João Vieira Lopes, mostrou-se muito insatisfeito com as propostas colocadas em cima da mesa pelo executivo.
"Ficamos bastante desiludidos com o documento do governo. No essencial mantém-se muito próximo do anterior", admitiu João Vieira Lopes.
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Os parceiros sociais voltam a reunir na próxima quarta-feira, altura em que terão de chegar a um consenso.