"Só vai parar quando tivermos condições de trabalho": Sapadores Bombeiros de Lisboa no primeiro dia de greve

Reinaldo Rodrigues/Global Imagens (arquivo)
É previsto que a greve, convocada pelo Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais, dure um mês
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O Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa começou na madrugada desta segunda-feira uma greve que pode prolongar-se por um mês inteiro. Os profissionais pedem melhores condições de trabalho e garantem apenas a continuação dos serviços mínimos.
O presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais, Sérgio Carvalho, afirma, em declarações à TSF, que esta greve regista uma adesão "entre os 85% e os 90%, com alguns batalhões a aderirem a 100%".
Os bombeiros profissionais queixam-se de más condições de trabalho, nomeadamente no que diz respeito a "falta de equipamentos de proteção, problemas nas viaturas e degradação de muitos quartéis", explica Sérgio Carvalho. Os Sapadores de Lisboa já pediram diversas reuniões com o presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas, "tanto por escrito, como por telefone", bem como através de apelos públicos. No entanto, até ao momento, não obtiveram "qualquer resposta".
Ainda assim, para Sérgio Carvalho, esta é uma situação que "facilmente se resolveria" com o apoio do município, até porque o autarca Carlos Moedas é visto, por estes profissionais, como alguém com "muita sensibilidade para o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa e para todo o setor".
Caso o silêncio por parte da Câmara Municipal de Lisboa persista, o sindicalista esclarece que os bombeiros profissionais vão continuar com a greve ou até mesmo prolongá-la. "A greve termina a 17 de dezembro", confirma, mas, se não forem ouvidos até lá, "inicia-se automaticamente outra". Sérgio Carvalho insiste que o protesto "só vai parar quando houver condições de trabalho" ou, pelo menos, até que se saiba "para quando estão previstas as resoluções" que os bombeiros de Lisboa pedem.
O presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais deixa claro que "estão garantidos os serviços mínimos de socorro à população" da capital, apesar de não serem feitos "simulacros, prevenções e ações de formação".
A TSF também contactou a Câmara Municipal de Lisboa sobre esta greve, mas, até agora, não foi possível obter qualquer resposta por parte do presidente Carlos Moedas.