A Standard and Poor's baixou hoje o "rating" do Banco Espírito Santo de B+ para B-, e da subsidiária BES Investimento de B para C.
Corpo do artigo
Em comunicado hoje emitido, a agência de notação financeira acrescenta que as notas de crédito podem ser novamente cortadas, já que se encontram em observação ('creditwatch') com implicações negativas.
No caso do Banco Espírito Santo (BES), a S&P baixou o "rating" [avaliação] em dois níveis e, no caso do BES Investimento (BESI), o corte foi de seis níveis.
A S&P considera que a posição de capital do BES «enfraqueceu, devido às elevadas perdas que, segundo as expectativas [da agência], é provável que ocorram, tendo em conta a exposição direta ao Espírito Santo Financial Group (ESFG) às suas subsidiárias e à Rioforte».
A instituição refere que poderá efetuar novos cortes ao "rating" do BES se houver fluxos de levantamento de depósitos do banco pelos clientes ou se as perdas potenciais relacionadas com a exposição do BES e as ligações do banco ao Grupo Espírito Santo (GES) forem maiores do que o previsto no cenário base, o que a S&P dizer ser provável.
A Standard and Poor's considera que o ESFG «poderá reportar novas imparidades relacionadas com a sua exposição ao Espírito Santo International e a outras entidades do GES», além da provisão de 700 milhões de euros que foi incluída nas contas de 2013.
Para a Standard and Poor's, «as potenciais novas perdas associadas à exposição direta do BES às entidades do ESFG e à Rioforte podem ser de uma magnitude que anule o benefício do aumento de capital recente do BES».
Quanto à mudança na equipa de gestão do BES, a S&P afirma que isso foi «inesperado» e considera que se tratou de uma medida para «tentar proteger o BES dos desenvolvimentos das entidades do Grupo Espírito Santo e para dar ao BES capacidade efetiva de tomada de decisão para lidar com os desafios que enfrenta».
No entanto, para a agência de "rating", isso «não mitiga os elevados riscos» de um impacto financeiro negativo para o BES.