Numa altura em que o Governo português se prepara para cortar, durante dois anos, o subsídio de férias e de Natal aos funcionários públicos que recebam mais de mil euros, a TSF compara Portugal com o que acontece noutros países europeus.
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Nos países nórdicos, por exemplo, não existe pagamento de subsídio de Natal. Já o subsídio de férias é acumulado pelo trabalhador ao longo do ano.
No norte da Europa dão prioridade a ofertas de serviços do Estado em vez de subsídios directos. Ou seja, preferem disponibilizar lares para a terceira idade em vez de pensões de viuvez, por exemplo.
O tradicional subsidio de desemprego é facultativo na Suécia. Cerca de 15 por cento dos suecos não têm direito a subsídio de desemprego, porque escolhem não fazer descontos para tal.
Na Alemanha, o subsídio de Natal depende da conjuntura. Trata-se de uma prestação voluntária à qual as empresas e o Estado não hesitam em aplicar cortes parciais ou totais.
Contudo, nalguns sectores o subsidio de Natal é um direito incluído nos contratos colectivos, sendo que qualquer alteração passa por um acordo com o sindicato.
Em 2006, o governo alemão reduziu o subsidio de Natal de 60 para 30 por cento do salário mensal para consolidar o orçamento.
Em geral, no país a tendência é para cortar, pelo menos até passar a crise.
Na Bélgica, o subsídio de ferias existe desde a década de 60 e o período é contabilizado mensalmente, sendo atribuídos dois dias de descanso acumuláveis por cada mês de serviço.
Os belgas podem ainda gozar de dez feriados nacionais e quando um feriado coincide com um fim-de-semana transita para o dia útil seguinte.
De acordo com a lei, a semana de trabalho pode atingir as 40 horas, mas as convenções colectivas estabelecem entre 36 e 38 horas semanais.
O salário mínimo tem 13 escalões, que variam com a idade e o tempo de serviço, e ronda os 1400 euros por mês.
Já o abono de família pode ultrapassar os 200 euros por filho para as famílias numerosas.