A TAP recorre a «medidas excecionais» para compensar os funcionários pelo trabalho extraordinário realizado desde 1 de junho para minimizar o impacto das perturbações na companhia junto dos passageiros.
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Numa circular enviada hoje aos trabalhadores, o presidente da TAP, Fernando Pinto, informa a decisão de adotar «algumas medidas excecionais e transitórias», «um sinal de reconhecimento e incentivo por parte do conselho de administração executivo». Estas medidas vão compensar o pessoal navegante técnico e de cabine e o pessoal de terra.
No caso dos pilotos, «o tempo de voo e o tempo de trabalho realizados em folga e em dia de férias alteradas ou interrompidas (por motivo da realização desse trabalho) são contabilizados com majoração de 100% para efeitos dos respetivos plafonds», refere a circular.
Já o pessoal navegante de cabine (assistentes e comissários de bordo), vão receber «uma hora extra caso essa excedência não ultrapasse 60 minutos, ultrapassando este limite originará o pagamento de duas horas extras».
O pessoal de terra da TAP também terá um acréscimo no pagamento do trabalho suplementar, que será de 75% na primeira hora e de 100% nas horas seguintes em dias úteis e de 125% na remuneração do trabalho prestado em dia de descanso obrigatório, em dia de descanso complementar e em feriado.
Este mês, a TAP já cancelou cerca de 60 voos e justifica a decisão com o atraso na entrega de seis novos aviões, que estava prevista inicialmente para julho.
Contactado pela TSF, o presidente da Associação Portuguesa dos Pilotos de Linha Aérea compreende e diz que são até desejáveis as dezenas de voos que têm sido cancelados pela TAP nas últimas semanas.
Miguel Silveira sublinha que a TAP cresceu rápido e existiram aviões novos que não chegaram a tempo e outros começaram a ter avarias. É tudo questões de segurança, sublinha, e é preciso, acima de tudo, melhorar a comunicação da empresa.