A antiga chefe de missão do Fundo Monetário Internacional diz Á TSF que o programa cautelar seria uma boa rede de segurança porque Portugal continua altamente endividado.
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A antiga chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que nos anos 1980 esteve em Portugal, acredita que seria melhor ter um programa cautelar depois da saída da troika.
À TSF, Teresa Ter-Minassian defende ainda que é preciso continuar as reformas estruturais para melhorar a produtividade da economia.
A antiga técnica do FMI pensa que «o pior já passou»: «ninguém gosta de ver o PIB e o poder de compra a cair ou o desemprego a subir, mas o consumo dos anos anteriores tinha sido muito grande e foi preciso fazer este ajuste».
Passados quase três anos desde a assinatura do memorando, Teresa Ter-Minassian sublinha que, apesar das reformas, o Estado e os privados ainda estão altamente endividados, num problema que não se vai resolver tão cedo.
A economista italiana sublinha que por estes dias os mercados estão «bem dispostos» com Portugal, mas tudo pode mudar.
Para evitar surpresas e dar um sinal de compromisso do Governo com as reformas que ainda são necessárias, Teresa Ter-Minassian acredita que seria importante ter uma espécie de programa cautelar, um «compromisso» com quem nos empresta dinheiro.
A antiga técnica do FMI sublinha que agora tudo depende da escolha do Governo mas se fosse ela preferia maximizar as redes de segurança. Até porque se surgir um novo problema nos mercados de financiamento, a solução de recurso será certamente mais dura do que um programa cautelar.