A Comissão de Trabalhadores (CT) da ANA - Aeroportos de Portugal disse que a privatização da empresa não defende o interesse dos trabalhadores e criticou a «opacidade deste processo» em que, afirma, foi «marginalizada».
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O comunicado de empresa da estrutura que representa os trabalhadores da gestora de aeroportos foi conhecido após o Governo ter anunciado hoje que os franceses da Vinci ganharam a corrida à privatização da empresa concessionária de oito aeroportos portugueses. A Vinci, que fez a proposta mais alta pela ANA, está presente em Portugal enquanto acionista da Lusoponte, concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril até 2030.
Segundo a Comissão de Trabalhadores, a privatização da ANA foi feita sem qualquer consulta prévia ou informação a esta entidade, numa nota em que critica ainda a «opacidade do processo».
Além disso, afirma, «a garantia da salvaguarda dos interesses dos trabalhadores, as condições laborais e organização do trabalho não foram defendidos como seria suposto», tendo as garantias dadas aos trabalhadores sido apenas «declarações públicas de responsáveis».
Quanto à candidatura vencedora, a CT da ANA não se pronuncia, reiterando a sua posição «contra a privatização» da empresa.
Ainda assim, termina a afirmar que estará disponível para «contribuir positivamente em prol da ANA e do país».