Os trabalhadores da Autoeuropa consideraram hoje que pelo menos os dois próximos anos serão «bastante difíceis» para o parque industrial de Palmela, mesmo com a possível vinda de um novo modelo.
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Joaquim Escoval, da comissão sindical da fabrica da Volkswagen, afirmou hoje na audição parlamentar do PCP sobre a situação no parque industrial da Autoeuropa, que mesmo que a unidade de Palmela venha a receber um novo modelo «haverá dois anos em que teremos de viver com a situação atual ou pior», porque, no entender do sindicalista, o novo carro «só entrará em produção em 2015».
Para suprir os problemas laborais da Autoeuropa nos próximos dois anos, em que se continua com quedas na produção pode levar ao despedimento de 600 trabalhadores, Joaquim Escoval não conseguiu encontrar soluções.
No entanto, foi sempre dizendo que uma possível proposta do grupo Volkswagen de transferir trabalhadores de Palmela para outras fábricas do mundo poderá ser uma via desde que possam auferir o mesmo salário que o colega do país.
«Um trabalhador deslocado para a Alemanha deveria ganhar o mesmo que um trabalhador de igual categoria no país, que é o dobro», precisou o sindicalista.
No caso de não ser atribuído um novo modelo à Autoeuropa, Joaquim Escoval considerou que «será o fim da picada» e será «a própria existência da empresa que nos merece as maiores dúvidas».