Os trabalhadores da REN vão ter um aumento salarial de 1,6% em 2013, segundo o acordo alcançado hoje entre os sindicatos e a empresa liderada por Rui Cartaxo, confirmou à Lusa fonte sindical.
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De acordo com o secretário-geral adjunto do Sindicato Nacional da Indústria e da Energia (Sindel), Rui Miranda, o acordo alcançado esta manhã para a REN, após várias semanas de negociação, está em linha com as condições fechadas, no início de março, para os trabalhadores da EDP.
Em declarações à Lusa, Rui Miranda considerou o acordo «satisfatório», tendo em conta «o atual momento», destacando a igualdade de circunstâncias entre os trabalhadores das duas empresas.
Contactada pela Lusa, a REN confirmou que chegou a acordo com as estruturas sindicais para a atualização da tabela salarial em 1,6% para todos os trabalhadores do grupo.
Este valor será aplicado com retroativos a janeiro e incide no subsídio de alimentação e na remuneração por antiguidade.
Em fevereiro, as negociações arrancaram com a empresa a propor um aumento de 0,5%, enquanto os sindicatos fizeram uma proposta de reforço salarial de 5,3%, sendo que, semana após semana, os valores reclamados se foram aproximando.
A REN fechou 2012 com um resultado líquido de 123,9 milhões de euros, mais 2,7% do que no período homólogo, o que reflete a expansão da base de ativos, com a entrada em exploração de novas infraestruturas.
No último ano, os custos operacionais da REN cresceram 4,2%, devido ao aumento dos custos com pessoal na sequência da empresa deixar de estar sujeita à aplicação da lei do Orçamento do Estado, com a venda pelo Estado de 40% do capital aos chineses da State Grid e aos árabes da Oman Oil Company, o que representou o fim do congelamento de cláusulas remuneratórias.