O líder da UGT disse, esta segunda-feira, que são positivas as iniciativas do Governo e da UE destinadas à criação do emprego jovem em Portugal, mas insuficientes.
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A iniciativa «não resolve o problema do emprego jovem», mas «poderá ajudar os jovens a não cair em situações como as atuais» se for bem conduzida, disse João Proença aos jornalistas no final de um encontro com o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, destinado a debater soluções para os jovens desempregados, cuja taxa ultrapassava, no final do ano passado, os 35 por cento.
Era «importante» que os jovens, depois de terminarem os estudos, em qualquer grau, tivessem uma oportunidade de emprego ou formação, defendeu.
«A nível europeu gostaria que a medida tivesse outra dimensão e que houvesse reafetação de meios europeus à medida e não apenas uma reafetação de meios nacionais», disse, falando na iniciativa europeia de criar um programa para os oito países em que o problema do desemprego jovem tem maior expressão.
João Proença aproveitou a oportunidade para propor ao Governo medidas concretas, focadas em três grupos de jovens.
Para os «jovens com abandono escolar e sem escolaridade obrigatória» são necessárias «medidas de dupla certificação», enquanto que para os jovens que «não têm qualificação profissional, mas têm escolaridade obrigatória» deve «haver medidas de qualificação profissional», defendeu.
Quanto aos que já têm habilitações profissionais, têm de haver medidas de emprego em «oportunidades diversas», como programas de estágio, acrescentou.
Na visão do sindicalista, são ainda necessários «programas orientados para a reclassificação a nível universitário de licenciaturas hoje com difícil empregabilidade», bem como «apoiar iniciativas de jovens que tenham a ver com iniciativas do mercado social de emprego, com a área cultural e outras áreas que poderão até ser geridas por intermédio de autarquias».