Passos Coelho afirmou que o ministro das Finanças terá uma palavra «decisiva» na reprogramação e reafetação estratégica dos fundos comunitários.
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Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas após ser reeleito líder do PSD com 95,5 por cento dos votos, numa conferência de imprensa em que foi interrogado sobre a quem caberá dentro do Governo a gestão das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
O primeiro-ministro negou qualquer diferendo no executivo sobre a área que será responsável pela aplicação dos fundos comunitários e disse ter recebido «com espanto» as notícias na comunicação social sobre essa alegada polémica.
«Cabe ao ministro [de Estado e] das Finanças uma palavra muito relevante, para não dizer decisiva, sobre a forma como a reafetação» dos fundos comunitários «deve ser feita», mas «toda a execução continua como é evidente nas mãos dos ministérios setoriais e toda a coordenação dessa tarefa permanece nas mãos do Ministério da Economia», respondeu.
Nas autuais circunstâncias do país, de acordo com Pedro Passos Coelho, o ministro Vítor Gaspar terá «uma palavra decisiva na forma como a reprogramação estratégica» dos fundos comunitários se processará.
A seguir, Pedro Passos Coelho justificou a estratégia do seu executivo em relação à utilização das verbas do QREN.
«Estamos justamente na altura em que deve ser feita uma reprogramação estratégica dos fundos, depois de o Governo ter já procedido a uma reprogramação técnica, que permitiu que Portugal aproveitasse melhor cerca de 600 milhões de euros. Com a nova reprogramação, a nossa expetativa é que Portugal possa executar melhor o envelope financeiro de que dispõe», disse.