A UGT não "faz uma leitura tão radical" como a CGTP e sublinha que os patrões não são sempre uma força de bloqueio.
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Carlos Silva afirma que "as empresas defendem-se", reforçando a ideia de que a "concertação social é um equilíbrio de forças".
Ainda assim, o líder da UGT lembra que também "há patrões que são mais papistas do que o papa" e que muitas vezes aproveitam "os momentos de crise" para acentuar a precariedade.
Na terça-feira, em entrevista à TSF, Arménio Carlos acusou as confederações patronais de usarem a concertação social como força de bloqueio. Na resposta, João Vieira Lopes, da Confederação do Comércio e Serviços, afirmou que a CGTP "tem muito pouca autoridade para fazer essa acusação já que, nos últimos anos, que me lembre, a CGTP nunca subscreveu um acordo da concertação social".
Salário mínimo
"Há ou não há condições para acomodar um salário de 600 euros já em 2017 para as micro e pequenas empresas? Nós estamos convencidos que não".
O secretário-geral da UGT lembra que esta não é uma "questão ideológica, não é uma questão de teimosia" mas sim de ponderação tendo em conta que a aplicação de um salário de 600 euros pode levar ao encerramento de muitas empresas.
Leis laborais
Alterar leis laborais? Sim, mas a UGT sublinha que é difícil voltar aos tempos da pré-troika, por isso há que ter condições "de nos adaptarmos para o futuro", avisa.
Carlos Silva destaca ainda a "posição construtiva" da CIP, ainda que não nem sempre concorde as ideias defendidas pela confederação.